Por Juliana dos Santos Soares
24/09/2018
Em 2018 o IMPSI – Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno – completou 30 anos de existência. Essa é a escola em que me tornei psicodramatista. Em que aprendi muito do que me torna quem sou hoje, profissionalmente. Em que vivi relações intensas e fiz, mais do que relações profissionais, grandes amigas e amigos. E é a escola em que hoje dou aulas de Psicodrama. E é assim: ali, recebi e dei. Recebo e dou, sempre. No último final de semana celebramos esse aniversário num encontro lindo. Esse texto – cheio de fotos – é para compartilhar um pouco dele.
Tivemos a feliz oportunidade de ter conosco a Penha Nery, grande psicodramatista brasileira, autora dos livros “Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas”, “Grupos e intervenção em conflitos” e organizadora do livro “Intervenções grupais: O Psicodrama e seus métodos”. Penha conduziu um grupo de 90 pessoas num dia de vivências e muito aprendizado. Trabalhamos com o tema das lógicas afetivas de conduta, aqueles sentimentos e sensações que orientam a dinâmica psicológica das pessoas em determinados momentos e contextos. Trabalhamos com o tema das relações de poder. E trabalhamos num maravilhoso sociopsicodrama, o Fórum da diversidade, em que abordamos, por meio da ação, as questões de algumas minorias: negras e negros, mulheres, LGBTs, deficientes e presidiários. Foi um trabalho cheio de emoção. O Psicodrama, para mim, é isso: uma abordagem que trata do clínico – do psíquico e emocional – mas vai muito além disso. Toca no social e trabalha na relação entre indivíduos e sociedade, através da ação e da criatividade. Obrigada, Penha!
A Creatio Cia. de teatro espontâneo e playback fez um belo trabalho de transformar os sentimentos e histórias das pessoas presentes em cenas. Emocionante!
No domingo foi o dia de conduzirmos um trabalho. Eu e as queridas Ana Luiza Junqueira e Ana da Fonseca Martins, com o tema “Nós: 30 anos de histórias compartilhadas”. Foi uma honra trabalhar com esse grupo num momento tão especial. Usamos o recurso do compartilhar para que as pessoas trocassem suas histórias de afeto com o IMPSI, e a técnica da escultura para representar tudo isso.
E, para fechar esse fim de semana, o Evanderson Rodrigo fez um belo trabalho de expressão corporal: “Para mim, para ti, paralalelos”.
Fica a felicidade e a gratidão de fazer parte dessa história. Do IMPSI fazer parte da minha história. De poder aprender tanto nesses encontros e relações. De poder compartilhar de momentos tão especiais. Parabéns para o IMPSI e, especialmente, para a Maria das Graças de Carvalho Campos, a nossa querida Graça. Que foi com quem tudo isso começou. Vida longa e próspera!
Minha amiga Juliana (posso te chamar de JU????). Foi uma alegria estar com vcs nesses 30 anos de IMPSI. Tenho um carinho muito especial por vcs. Estando lá no sábado tive várias emoções, algumas que aqui posso citar. Primeira, por encontrar vcs, velhas carinhas, pessoas que estimo muito. Segunda, por saber que vcs continuam no Psicodrama, agora não mais como alunos, mas como professores e mestres, seguindo firme com o bastão na mão. Terceira, por ver tantas caras novas, que não conheço, na condição de aprendizes e entusiasmados com o Psicodrama e com o IMPSI. Essa escola ainda terá muitos anos de vida… talvez eternamente!
Por favor, transmita essa minha manifestação à Graça, aos amigos antigos e aos amigos novos! Obrigado pela receptividade e beijos para todos e todas… E vamos nos falando mais….
Querido Agenor,
Que alegria! Ter você conosco no sábado e, agora, ler seu comentário.
São os encontros e reencontros que vão nos fortalecendo e renovando…
Eu tenho e nós temos muito carinho e gratidão por você também.
Seguimos juntos! Vamos nos falando mais!… E pode me chamar de Ju!
Beijos