Por Juliana dos Santos Soares
07/04/2020
A partir da nossa roda de conversa online “Dona de mim”: o que é ser mulher e viver o amor, indico alguns conteúdos de referência.
Mais uma vez, pego carona com a bell hooks em seu livro “Tudo sobre o amor: novas perspectivas” (que, naturalmente, está entre os indicados), em que ela nos diz que ao se debruçar sobre livros de não-ficção sobre o amor, se surpreendeu ao ver que a maioria dos livros “reverenciados”, os usados como trabalhos de referência e até os mais populares como livros de autoajuda, foi escrita por homens. Fazendo jus ao tema da nossa conversa, tudo o que estou indicando aqui foi produzido por mulheres.
Livros:
- O livro do amor, de Regina Navarro Lins. Vol. 1 – Da pré-história à renascença; e Vol. 2 – Do iluminismo à atualidade. Editora BestSeller. A autora se baseia em muita pesquisa bibliográfica para fazer uma linha do tempo da história do amor, desde a pré-história à atualidade. Muito legal para vermos a origem de alguns dos nossos costumes sociais, e ver que eles não são inatos.
- O feminismo é para todo mundo: Políticas arrebatadoras, de bell hooks. Editora Rosa dos Tempos. Com linguagem simples e direta, a autora incentiva leitoras/es a descobrir como o feminismo – essa forma de amor revolucionário – pode tocar e mudar, para melhor, a vida de todo mundo.
- Tudo sobre o amor: novas perspectivas, de bell hooks. Ed. Elefante. Nessa obra, a bell hooks desafia nossa visão de amor como romance. Em seu lugar, ela oferece uma nova ética proativa para uma sociedade desprovida de amor.
- Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem, de Clarissa Pinkola Estés. Editora Rocco. Nesse livro maravilhoso, a autora propõe uma reconexão com a essência feminina, através de histórias que trabalham profundamente o arquétipo da mulher selvagem.
- Complexo de Cinderela, de Colette Dowing. Editora Melhoramentos. A autora analisa a ambivalência relativa à independência feminina e o conflito entre as necessidades de ser amada e de concretizar suas aspirações.
- Insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo. Editora Malê. Linda coletânea de contos da escritora mineira e residente no Rio, em que uma narradora visita cidades e entrevista mulheres negras que contam suas histórias, de amor e de lágrimas. Insubmissas.
- Em nome da filha, de Sulamita Esteliam. Editora Viseu. A autora, mineira residente no Recife, conta a história de um relacionamento abusivo levado às últimas consequências. Obra de literatura, com base firme em fatos reais. Importante para manter nossos olhos abertos a essa triste realidade, buscando reescrever nossas histórias de amor de forma mais saudável.
- Comprometida: Uma história de amor, de Elizabeth Gilbert. Editora Objetiva. Da mesma autora de Comer, rezar e amar, esse livro é uma espécie de sequência do primeiro. Liz continua contando sua história de amor, mas insere no texto resultados de seus estudos sobre o casamento enquanto instituição. Assim, ela se propõe a construir uma perspectiva histórica e trocar fantasias românticas por vitais compromissos emocionais.
- A princesa salva a si mesma neste livro, de Amanda Lovelace. Editora LeYa. Esse é um livro de poesia, um livro sobre resiliência e, sobretudo, sobre a possibilidade de escrevermos nossos próprios finais felizes.
Podcasts:
- Feito por elas – Podcast que tem como proposta abrir espaço para crítica, discussão e divulgação dos trabalhos de mulheres no cinema. Clique para conhecer.
- Maria vai com as outras – Podcast de entrevistas da revista piauí que discute a relação da mulher com o trabalho, vida afetiva, família e muito mais. Clique para conhecer.
Playlist:
Fiz uma playlist para esse tema, no Spotify. Clique aqui para ouvir.
Com a palavra…
E você? Que conteúdos conhece e gosta sobre esse tema, e que poderia indicar? Vale música, livros, filmes, séries… Colabore, coloque suas indicações nos comentários!
Obrigada, Juliana pela deferência, que me honra e estimula.
É um prazer, Sula!
Seu livro é muito importante, faço questão de passar para frente. 😉