A loja mágica: Ato psicodramático

Ato Psicodramático: A loja mágica

Imagine uma loja mágica, repleta de itens imateriais: ideias, sentimentos, posturas, sonhos… E em que você pode conquistar algo que queira muito! Mas esses “produtos” não podem ser comprados com dinheiro, eles só podem ser permutados por algo seu, de que você consiga abrir mão.

Esse é o jogo da loja mágica, criado por J. L. Moreno, pai do Psicodrama, em que podemos trabalhar conteúdos internos de uma forma lúdica e leve. Trabalhamos com esse jogo em dois atos psicodramáticos no primeiro semestre de 2019. Foram dramatizadas trocas muito bonitas e interessantes, utilizando técnicas do Psicodrama, como a concretização de sentimentos e emoções, dramatização, duplo, espelho e inversão de papéis. A experiência, riquíssima, nos leva a algumas reflexões aqui compartilhadas:

• A criatividade é um elemento valioso em atividades terapêuticas, permitindo-nos ter um olhar não racional, e portanto mais amplo, para questões que já enfrentamos. Trabalhar com as técnicas do Psicodrama permite esse “salto criativo”, proporcionando ver as situações sob ângulos diferentes dos que usamos em abordagens mais verbais.
• O trabalho em grupo enriquece o alcance terapêutico, já que as pessoas atuam não apenas nas suas questões individuais, mas participam dos processos umas das outras, além de contarem com o momento do compartilhamento. É quando percebemos que, por mais diferentes que sejamos em nossas individualidades, temos questões em comum. Estamos todas e todos no mesmo barco.
• Apesar dessa vivência ter o nome de “Loja mágica”, mudar coisas em nossa vida não é nada mágico ou sobrenatural. Envolve escolha consciente e esforço constante.
• Muitas vezes aquilo de que precisamos abrir mão em nossa caminhada não é de uma característica em si, mas do mau uso (muitas vezes por excesso) que fazemos dela. Como diz a sabedoria popular, “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose”.

Abaixo, ilustrações que representam algumas trocas já realizadas na loja.